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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Igreja Católica entra “de cheio” na Internet para evangelizar


Fonte: Blog Carmadélio

O bispo de Frederico Westphalen, RS, Antonio Carlos Keller, chega a ter seis perfis no Orkut e outros dois no Facebook – uma forma de driblar o limite máximo de contatos imposto pelos sitesKeller tem mais de 5 mil amigos em cada um dos serviços de relacionamento. São pessoas que adicionaram o bispo em busca de informações da Igreja, de mensagens de conforto, de orações ou até mesmo de orientação.

– A internet é um trabalho de presença, de estar junto para que as pessoas tenham alguém que as escute e com quem possam desabafar. Posso dizer que atualmente há mais de 30 jovens que entraram para o seminário a partir desses contatos comigo – orgulha-se.

Por Bento XVI, pastores tecnológicos como Keller são apontados como modelos. Nos últimos anos, a Santa Sé tem publicado com assiduidade documentos sobre o assunto e já promoveu encontros de bispos para discutir ferramentas como YouTubeFlickr eFacebook.

– Está aberta uma nova era: a da evangelização na internet – explicitou o Papa, em 2010.

Por trás dessa mobilização está a percepção de que, no Twitter, um sacerdote pode arrebanhar com facilidade muito mais seguidores. Que o diga o padre cantor Fábio de Melo, fenômeno do microblog, com 300 mil discípulos. Com números mais modestos, chegam às centenas os padres que estão tuitando sua fé.Cesar Leandro Padilha, da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, de Porto Alegre, por exemplo, tem 1,6 mil seguidores.

– Estar na internet hoje é uma exigência, e cada vez mais os padres vão seguir esse caminho – diz Padilha.

É por perceber essa exigência que o bispo Keller comanda uma reformulação do site da diocese, de maneira a deixá-lo mais intuitivo e interativo. Uma das inovações que introduziu é um chat diário com padres. Dono de um iPhone, Keller costuma levar o aparelho até mesmo ao altar, para ajudá-lo na hora da missa. Diante dos fiéis, consulta no visor o roteiro do sermão. Outro bispo que adotou o smartphone éAlessandro Ruffinoni, de Caxias do Sul. Ele aposentou os quatro volumosos cartapácios que reúnem as orações que todo padre deve fazer diariamente e hoje reza por intermédio de um aplicativo baixado no celular:

– As pessoas podem até se escandalizar, porque dá a impressão de que estou consultando chamadas, mas é muito mais prático.

Seis meses atrás, quando o bispo viu um grupo de jovens da diocese usando o Twitter em seus celulares e tablets, percebeu que precisava se misturar a eles para não se distanciar:

– Ensinem para mim, que quero me comunicar com vocês – pediu.

Desde então, Ruffinoni mantém uma conta no microblog. Com o alastramento da onda dos padres digitais, até os mais velhos tratam de se atualizar. Aos 74 anos e com quatro décadas de sacerdócio, o padre de Farroupilha Alcindo Trubian decidiu frequentar aulas de informática. Aprendeu a usar o e-mail e, no começo do ano, criou uma conta noFacebook.

– Eu acredito que usar a internet vai ser cada vez mais comum na Igreja. Não sei até onde eu vou, mas estou me preparando.


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