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sábado, 8 de agosto de 2015

Novena Meditativa a Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) - Dia 9º

9º dia da NOVENA – Hino ao Espírito Santo, de Edith Stein

Num clima místico, poucos meses antes da sua deportação para Auschwitz, nasce uma das mais belas orações de Edith Stein, Santa Benedita da Cruz. Um hino ao Espírito Santo. Foi o seu «último pentecostes».

I
Quem és tu, Doce luz que me preenche e ilumina a obscuridade do meu coração?
Conduzes-me como a mão de uma mãe; E se me soltasses, não saberia nem dar mais um passo.
És o espaço que envolve todo meu ser e o encerra em si. Se Fosse abandonado por ti,
cairia no abismo do nada, de onde tu o elevas ao Ser.
Tu, mais próximo de mim que eu mesmo, e mais íntimo que minha intimidade,
E, sem dúvida, permaneces inalcançável e incompreensível,
E que faz brotar todo nome: Espírito Santo — Amor eterno!

II
Não és Tu, O doce maná,
que do coração do Filho flui para o meu, alimento dos anjos e dos bem aventurados?
Aquele que da morte à vida se elevou, Também a mim despertou a uma nova vida
Do sono da morte. E nova vida me doa
Dia após dia. E um dia me cumulará de plenitude.
Vida de minha Vida. Sim, Tu mesmo,
Espírito Santo, – Vida Eterna!


III
Tu és o raio, que cai do Trono do Juiz eterno
e irrompe na noite da alma, que nunca se conheceu a si mesma?
Misericordioso e impassível, penetras nas profundezas escondidas.
Se ela se assusta ao ver-se a si mesma, Concedes lugar ao santo temor,
princípio de toda sabedoria, que vem do alto,
e no alto com firmeza nos unes à tua obra, que nos faz novos,
Espírito Santo — Raio penetrante!

IV
Tu és a plenitude do Espírito, e da força
com a qual o Cordeiro rompe o selo, do segredo eterno de Deus?
Impulsionados por ti, os mensageiros do Juiz
cavalgam pelo mundo, e com espada afiada separam
o reino da luz do reino da noite. Então surgirá um novo céu
E uma nova terra, e tudo retorna ao seu justo lugar
graças a teu alento: Espírito Santo — Força triunfante!

V
Tu és o mestre construtor da catedral eterna, que se eleva da terra aos céus?
Por ti vivificadas as colunas se elevam, Para o alto e permanecem imóveis e firmes.
Marcadas com o nome eterno de Deus, se elevam para a luz
sustentando a cúpula, que cobre, qual coroa,
a santa catedral, tua obra transformadora do mundo,
Espírito Santo — Mão criadora!

VI
Tu és quem criou o claro espelho, Próximo ao trono do Altíssimo,
como um mar de cristal, aonde a divindade se contempla amando?
Tu te inclinas, sobre a obra mais bela da criação,
e resplandecente te ilumina, com teu mesmo esplendor.
E a pura beleza de todos os seres, Unida à amorosa figura da Virgem,
tua esposa sem mancha: Espírito Santo — Criador do Universo!

VII
Tu és o doce canto do amor, e do santo recato,
que eternamente ressoa, diante do trono da Trindade,
e desposa consigo os sons puros de todos os seres?
A harmonia, que une os membros com a Cabeça,
onde cada um encontra feliz, o sentido secreto de seu ser,
e jubilante irradia, livremente desprendido em teu fluir:
Espírito Santo — Júbilo eterno!


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